SÍNDROME DE BURNOUT – O Esgotamento Profissional
Publicado em 17 de dezembro de 2018
Síndrome de Burnout é um distúrbio psíquico caracterizado pelo estado de tensão emocional e estresse provocados por condições de trabalho desgastantes.
Atualmente o esgotamento profissional pode ser identificado em qualquer área ou profissão.
No Brasil, a Associação Internacional de Gestão de Estresse estima que 32% dos profissionais sofram com esse esgotamento no ambiente de trabalho.
Além disso, de acordo a um estudo da Escola de Economia de Londres de 2016, a depressão no trabalho faz o Brasil perder US$ 63,3 bilhões anualmente, o que faz dele o segundo pior do ranking, atrás apenas dos EUA, onde o estresse no trabalho é considerado um problema de saúde pública.
O prejuízo é para ambos os lados, tanto pata o profissional que perde sua qualidade de vida quanto para a empresa. A perda para empresa não está relacionada somente à queda de produtividade – problema chamado de “presenteísmo”, quando a pessoa esgotada está presente, mas mentalmente incapaz de realizar suas funções –, mas à ausência do funcionário que se afasta do trabalho por licença médica motivada por depressão, ou “absenteísmo”.
Esse transtorno geralmente acomete pessoas extremamente ambiciosas, competitivas, que necessitam de aprovação e que priorizam apenas o trabalho em sua vida.
Os sintomas da Síndrome de Burnout incluem exaustão física e emocional, ansiedade, desânimo acentuado, dificuldade de sentir prazer, dificuldade de raciocinar, irritabilidade, preocupação, alterações do sono, sentimentos de incapacidade ou inferioridade, falta de motivação e criatividade.
Alguns sintomas físicos presentes na Síndrome de Burnout são: dor de cabeça, enxaqueca, transpiração, fadiga, pressão alta, alteração nos batimentos cardíacos, dores musculares, problemas gastrointestinais, entre outros.
A evolução do quadro pode apresentar outros transtornos mentais como depressão, além de doenças físicas.
É preciso identificar a presença da síndrome para poder agir rapidamente evitar a evolução do caso.
O psicólogo pode ajudar na identificação utilizando alguns instrumentos para conclusão do diagnóstico, como por exemplo: escalas, questionários e testes psicológicos.
O tratamento é realizado com psicoterapia associado ou não ao tratamento medicamentoso com psiquiatra, dependendo de cada caso.
Você se identificou com essa situação? Se sim, segue algumas dicas para evitar o stress acentuado no trabalho:
-Crie outras prioridades na sua vida e não apenas uma. Seu trabalho é importante, mas também a sua saúde, estado emocional, vida afetiva, vida social, etc.
-Evite consumo de álcool ou drogas sem prescrição médica. O que você pensa ser um alívio para seu problema pode agravar a situação.
-Inclua atividades prazerosas na sua rotina. Se dedique a elas.
-Converse no seu trabalho como se sente.
-Busque uma ajuda profissional quando sentir necessidade.
Psicóloga Gabriela Marini