A história da mãe que ingressou no Karatê para ajudar filha e se tornou técnica de equipe de Parakarate

Sensei Patrícia Kuranaga, de São José dos Campos, engaja familiares e auxilia paratletas a terem um melhor desenvolvimento e integração social.
A prática esportiva é uma importante ferramenta para aprimorar o desempenho físico e cognitivo das pessoas, mas além disso, é capaz de transformar vidas de formas muito mais amplas. Exemplo é a história da Sensei Patrícia Kuranaga, técnica da Equipe de Parakarate e Karatê Inclusivo de São José dos Campos – patrocinado pela DM, grupo de serviços financeiros de São José dos Campos (SP). A profissional só ingressou no esporte aos 35 anos de idade, para estimular a filha Júlia, com transtorno de espectro autista (TEA), a treinar. Contudo seu envolvimento com o Karatê levou toda a família a praticar o esporte.

“Em 2006, voltei do Japão para o Brasil para cuidar da minha mãe. A Júlia tinha cinco anos e a Camila, seis meses. Foi muito difícil me readequar ao mercado de trabalho de novo, e tive que encarar tudo sozinha”, conta a Sensei. Enquanto lidava com as dificuldades de ser uma mãe solo, Patrícia enfrentava o desafio de encontrar o diagnóstico correto da filha mais velha. “Ela foi diagnosticada com várias coisas até ser confirmado o TEA. Um médico
recomendou que ela praticasse algum esporte, e aí começamos a procurar algum em que ela se adaptasse”, diz.

O Karatê foi onde Júlia teve melhor desempenho, e para estimulá-la, tanto Patrícia quanto Camila passaram a treinar também. “Eu já tinha interesse em esportes antes, já havia praticado outras modalidades, mas fui me envolvendo com o karatê. Depois de ter feito faculdade em Propaganda e Marketing, para arranjar trabalho, me formei em educação física para me especializar”.

O envolvimento da família no esporte deu frutos. Júlia, hoje aos 23 anos, conquistou títulos de campeã paulista, brasileira e sulamericana em sua categoria, e foi a primeira paratleta faixa-preta do karatê na região de São José dos Campos. Camila tem 18 anos e também obteve a faixa-preta e segue treinando, competindo e contribuindo para a formação de novos atletas.

Patrícia também conquistou a faixa-preta e, como Sensei, está envolvida com o treinamento de paratletas, especialmente no Instituto Athlon. As famílias do Karatê Inclusivo e Parakarate são muito participativas, até porque a condição dos atletas exige um cuidado maior. Então eles ajudam, cuidam um do outro, para que todos consigam ter uma experiência cada vez melhor no esporte”, orgulha-se a treinadora.

Inclusive, um dos mais novos paratletas do karatê no Athlon é Enzo, com apenas seis anos de idade, filho do segundo casamento de Patrícia, também diagnosticado com transtorno de espectro autista. “Sou uma mãe que aprendeu o karatê e se tornou Sensei para ajudar os filhos, e agora passo o meu conhecimento para outros filhos (meus alunos) e outras mães e pais. Acredito ser minha missão de vida!”, afirma.
Para Sandra Castello, diretora de pessoas e marketing da DM, a importância do incentivo ao esporte é justamente pelo impacto gerado a partir das transformações na vida do atleta.

“Começamos o programa de apoio às equipes esportivas em 2019 e é muito valioso ver que os efeitos positivos são tangíveis, não apenas por conta de resultados em competições,mas principalmente por histórias como a da Patrícia. Afinal, ela é exemplo de empoderamento individual, enquanto mãe e mulher, e coletivo, enquanto treinadora de
paratletas. Esperamos que muitas pessoas possam sentir, como ela, os benefícios do esporte em suas vidas”, diz.
Sobre a DM Fundada em 2002, a DM é uma prestadora de serviços financeiros, com foco na democratização do acesso ao crédito. Por meio dos cartões de crédito, a empresa está presente em pontos de venda por todo Brasil. Além disso, conta também com cartões de crédito com bandeira Mastercard, o aplicativo DM App para gestão de cartões e de conta digital, oferta de microcrédito, dentre outros serviços

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