Rafael Pelegrino, o produtor que trouxe o K-Pop para perto dos fãs brasileiros

À frente da GIG Music, Rafael transformou eventos em experiências humanizadas e desbravou o mercado coreano, conectando artistas globais ao público do Brasil

Há quem diga que organizar eventos é uma arte — e Rafael Pelegrino tem provado isso à frente da GIG Music, empresa que transformou em referência para fãs de K-Pop e rock alternativo no Brasil. Com uma trajetória que mescla paixão pela música e coragem para explorar mercados pouco convencionais, ele se tornou o rosto por trás de uma iniciativa que aproxima artistas globais do público brasileiro.

Tudo começou de forma inesperada. A GIG Music, inicialmente voltada a shows de rock e hardcore, mergulhou no universo coreano com a organização de um show de K-Pop. “Não foi uma aventura. Estudamos o mercado e começamos a entender suas particularidades”, explica Rafael. A experiência deu tão certo que abriu portas para novos artistas, consolidando a empresa como uma ponte entre o Brasil e a Coreia do Sul.

A missão de humanizar os eventos

Apesar do sucesso, Rafael não se esconde atrás de um CNPJ. Ele personificou a GIG Music, colocando sua própria cara na marca. “Nossa ideia foi humanizar o contato. Muitas vezes, em eventos, as pessoas não têm a quem recorrer para dúvidas ou reclamações. Aqui, eu sou o responsável. Se algo der errado, estou pronto para resolver”, diz.

Esse modelo de trabalho exige coragem, mas Rafael acredita que é um diferencial. “As empresas são feitas de seres humanos. A gente erra mais do que acerta, mas, quando humanizamos, criamos uma conexão maior com o público. Isso facilita o diálogo, mesmo em situações difíceis.”

A rotina intensa dos bastidores

Gerenciar eventos, especialmente no universo do K-Pop, é um trabalho que Rafael descreve como “exaustivo, mas recompensador”. Desde pequenos shows para 100 pessoas até grandes produções para milhares, o nível de dedicação é o mesmo. “Temos que negociar contratos, acertar detalhes técnicos e garantir que tudo esteja perfeito. É um trabalho que não para.”

Dois eventos recentes destacam o esforço da GIG Music: fanmeetings com os atores Jung Hae In e Hwang in Youp. Diferentemente de shows tradicionais, esses encontros focam na interação direta entre artistas e fãs. “O diferencial é que você vê o lado humano dos ídolos. Eles brincam, interagem, mostram algo além do palco e das câmeras. É mágico para os fãs.”

Apesar da demanda crescente, Rafael destaca as peculiaridades de lidar com o mercado coreano. “Os artistas e produtores são muito cuidadosos com informações. Nada pode ser divulgado sem aprovação deles. Às vezes, temos tudo pronto, mas não podemos anunciar até a confirmação final.”

Foi assim com o show do Bambam, um ídolo do K-Pop. Quando o evento estava prestes a ser cancelado, a GIG Music assumiu a produção, renegociou contratos e salvou a apresentação. “Foi uma experiência que consolidou nossa confiança nesse mercado. Aprendemos muito e isso virou nosso foco principal.”

Com uma visão que alia profissionalismo e paixão, Rafael Pelegrino transformou a GIG Music em um exemplo de como eventos podem criar laços genuínos entre público e artistas. “O trabalho é grande, mas ver a felicidade das pessoas ao vivenciar esses momentos faz tudo valer a pena”. E isso é só o começo.

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