EDUCAÇÃO FORMAL HIBRIDA: RETOMADA DAS AULAS PREVISTA PARA 8 DE SETEMBRO
Publicado em 26 de junho de 2020
PAIS DE ESTUDANTES COMPARTILHAM OPINIÕES, DESAFIOS E DÚVIDAS
O anuncio do retorno das aulas presenciais previsto para o dia 8 de setembro feita em coletiva de imprensa pelo secretário da educação do estado de SP, Rossieli Soares da Silva, foi recebida com opiniões e dúvidas pela população com envolvimento direto ao tema. O formato híbrido que conta com aulas presenciais e online como uma de suas principais características divide opiniões, principalmente, dos responsáveis dos estudantes. Insegurança para alguns pais que questionam sobre como a escolas irão se preparar para este formato e alívio para outros que enfrentam a necessidade de trabalhar em comércios ou serviços que estão contemplados na reabertura da economia são os sentimentos mais comuns nos relatos.
Em contrapartida, educadores e escolas entendem que uma solução efetiva precisa ser rapidamente colocada em prática para que o prejuízo educacional tenha um menor impacto no ano letivo. No centro do debate, temos os estudantes: O principal personagem desta discussão precisará de comprometimento, dedicação e apoio adequado aos estudos para que seu conhecimento e aprendizagem evolua.
Conceitualmente, o formato da educação hibrida prevê o uso da tecnologia como aliada no processo de aprendizagem, abordagens educacionais no modelo sala invertida, laboratório ou estações rotacionais o qual o é colocar o aluno como centro do processo de ensino, estimulando seus diferentes estilos de aprendizagem. Ele desenvolve bastante a autonomia dos alunos, tornando-os ativos na construção do conhecimento. Novos métodos avaliativos do aprendizado para alunos adaptados as ferramentas tecnológicas e uma análise mais individualizada do conteúdo assimilado são demandas fundamentais para este novo conceito educacional praticado em outros países do mundo com resultados positivos e apontado em pesquisas acadêmicas como método com alto nível de evolução na formação do estudante.
“O desafio fica maior para todos. Pais precisam estimular seus filhos no compromisso com este novo formato e acreditar nos resultados da metodologia que tem o desempenho individualizado como base. Estudantes irão desenvolver habilidades e talentos diferenciados, assumir o autodesenvolvimento e se tornam protagonista deste processo.” afirma a psicóloga organizacional e educadora para adolescentes, Wanessa de Oliveira Laschi.
Os alunos do 4º ano do ensino fundamental de uma escola da nossa cidade, involuntariamente, já praticam os primeiros passos para aderir o método. Criaram um grupo de estudos online para juntos fazerem as tarefas demandadas por seus professores no contra turno das aulas regulares. Eles marcam uma reunião diária, compartilham o link de acesso com autonomia. Para Eunice Almeida Gomes, mãe do Ricardo 9 anos, a iniciativa das crianças é surpreendente. “Sabemos que a interação e contato presencial favorece o significado da aprendizagem. Ricardo não está tendo perda na educação. Sabíamos que isso ia acontecer, mas, não de maneira tão rápida. Eles têm facilidade para trabalhar em equipe e de adaptação.”
Luciene Piovesan, mãe da Giovana que faz parte do mesmo grupo de alunos, relata: “Giovana faz tratamento oncológico e não pode frequentar as aulas em 2019 e agora em 2020 vem a pandemia para fazer com que ela que estava animada para voltar ao ambiente escolar, fique em casa. Adoro esses encontros online porque facilita o desenvolvimento das tarefas que eu tinha uma dificuldade para apoiá-la. Prefiro que mantenha online pela segurança de todos, especialmente, a da Giovana que faz parte do grupo de risco.”
Inteligência Social, resiliência, habilidades colaborativas, enfim, as vantagens apontadas são inúmeras. “Fico orgulhosa de saber que os pequenos já estão com este mindset. Temos uma geração nativo digital pronta para aderir novos meios de aprendizagem desde que tenha estímulo e ferramentas adequadas para o acesso. Crianças e adolescentes precisam ter este pertencimento frente a nova educação e os que estiverem realmente envolvidos neste processo do autodesenvolvimento serão indivíduos melhores preparados na vida adulta.” conclui a Wanessa de Oliveira Laschi