Home » Nem tudo são flores!

Nem tudo são flores!

Publicado em 26 de setembro de 2019

 

Alto índice de pólen no ar, durante a primavera, pode causar reações alérgicas

O número de casos de alergia aos pólens pode aumentar com a chegada da primavera, a liberação de pólen feito pelas árvores e flores, comum nesta época do ano, que se intensificam na mudança de estação, podem causar sensibilização alérgica e aumentar os sintomas em quem já tem alergia. O alerta é do médico Fernando Bizarria, alergista e imunologista e pediatra do Vale do Paraíba.

As manifestações clínicas mais comuns são crises de asma e rinite alérgica, com impacto negativo na qualidade de vida dos pacientes. “As crianças e adolescentes são os mais prejudicados, especialmente aqueles que já sofrem de alergia e não realizam tratamento adequado”, comenta Bizarria.

Os pólens são substâncias alergênicos (de origem natural) mais importantes do ambiente exterior que induzem sintomas de doença alérgica. A gravidade das manifestações alérgicas depende da quantidade de pólen liberado no ar e da exposição do indivíduo durante a estação do ano específica; por isso, podem variar de ano para ano, sendo mais graves quando há níveis de pólens elevados, como na primavera.

De fato, a rinite é a mais prevalente das doenças alérgicas e afeta atualmente cerca de 30% dos brasileiros. É comum a ocorrência de sintomas (mais frequentemente rinite e/ou conjuntivite, mas em cerca de 40% dos afetados também asma) em pessoas mais sensibilizadas ao pólen.

Os pólens são grãos de pequeníssimo tamanho, microscópicos e, por isso, invisíveis ao olho humano, produzidos pelo aparelho reprodutor masculino das flores. A polinização consiste precisamente na libertação desses grãos para a atmosfera e se espalharem de forma a iniciarem o cultivo dessa espécie de plantas em outras localizações e dessa forma assegurar a manutenção e sobrevivência das espécies vegetais. Por isso, podemos encontrar pólens em quase todos os locais de ambiente exterior, uma vez que eles viajam muitos quilómetros com o vento e com as abelhas para propagar as sementes da espécie.

Além disso, cada planta produz milhares e milhares de grãos de pólen. O vento, a temperatura elevada e o tempo seco favorecem maior gravidade de sintomas. Por outro lado, os períodos de chuva reduzem drasticamente os níveis de pólen. No entanto, é fundamental ter noção que nem todas as plantas polinizam ao mesmo tempo, nos mesmos meses.

A reação ao pólen pode apresentar alergia alimentares por reatividade cruzada, um alimento “contaminado”, uma fruta por exemplo, que não seja lavada antes do consumo, pode causar alergia.

Os sinais e sintomas das reações alérgicas são muito semelhantes aos que ocorrem nos quadros de constipação ou infecções das vias aéreas superiores e consistem em múltiplos espirros, pingo no nariz e congestão nasal, comichão no nariz, olhos e ocasionalmente tosse ou outros sintomas respiratórios.

Alguns casos de alergia, não causam febre e, muitas vezes, estão presentes também os sintomas oculares (olhos vermelhos, olhos a lacrimejar, etc) a tosse normalmente é seca, sem expetoração. Além disso, se apresenta sintomas que se repetem frequentemente no tempo ou com duração de muitos dias, é mais provável que se trate de alergia.

A alergia a pólens é muito rara no recém-nascido ou no bebé de meses. Habitualmente, vai-se desenvolvendo ao longo dos anos seguintes. Também podem aparecer de novo em adultos, ou mesmo ocorrer como uma alergia tardia numa fase mais avançada da vida.

Não é possível uma completa prevenção ou eliminação dos pólens nas épocas em que estão dispersos no meio ambiente exterior. No entanto, algumas medidas ajudam a proteger de quantidades maiores:

• Evitar estar ao ar livre nas primeiras horas da manhã em que há maior quantidade de pólen, sobretudo em dias de muito vento e sol, e evitar abrir as janelas de casa nesse horário (preferir arejar a casa da parte de tarde)
• Ao chegar em casa tomar uma ducha e mudar de roupa, deixar sapatos e casacos na entrada da casa, para não espalhar pelo ambiente.
• Não estender a roupa a secar no exterior, preferir o interior de casa ou usar a máquina de secar.
• Ao sair de carro, manter as janelas fechadas e usar filtros anti pólens para o ar condicionado.
• Quando viajar de moto utilizar capacete integral.
• Evitar cortar a relva.
• Utilizar óculos escuros para combater os sintomas oculares.
• Atenção aos esportes de ar livre, campismo, caminhadas na natureza, quando são previsíveis maiores contagens de pólens.
• São preferíveis atividades e férias de praia se for uma época de polinização.

Para se saber se tem alergia ao pólen deve-se ir no alergista para fazer exames específicos para detectar a alergia, que normalmente é realizado diretamente na pele. Além disso, o médico pode recomendar um exame de sangue para avaliar a quantidade de imunoglobulina do organismo.

 

Dr. Fernando Bizzaria

Médico Pediatra, especialista em Asma, Alergia e Imunologia. Com testes precisos e completos, tem o atendimento focado em diagnosticar o tipo de alergia exato e o melhor tratamento indicado para cada caso, trabalhando também com o fortalecimento do sistema imunológico. Dr. Fernando tem comemorado a cura de diversas crianças e pacientes alérgicos da região. Chefe do setor pediátrico no Hospital São Francisco de Assis, que é referência na cidade de Jacareí- SP, Bizarria, comanda mais duas clínicas, em Caçapava- SP na Multiclinic e em Jacareí, no Centro de Especialidades São Francisco Vida, além dos atendimentos no Centro Médico Vivalle em São José dos Campos e em parcerias com as Prefeituras da região e da capital.

Nenhum comentário ainda